assim na baia como no mississipi
“dos vadios e capoeiras”, 1890
no corpo inteiro a verdade
faz parte do meio que cria
nele a margem é a corrente
o mesmo rio de hoje em dia
foi sem ter nome de gente
nem do santo que vigia
foi num canto da história
num toque de cavalaria
camará, é de jogo a memória
melodia da gente reunida
amantes armados de angola
de peles, tambores e guias
gotas pingando aos estalos
açoitados, em noites esguias
correm na veia assustados
nas capoeiras de outros dias
foi tanto pé que no mato
Rui em sangue navegaria
cinzas e velas nos barcos
brancos sado de hoje em dia
dá tapa em pele de tambor
apaga o fogo e agonia
tampar com peneira no Pelô
o sol e a sede de alegria