ESTRANHO NORMAL
O medo resplandece sob um céu soturno
Caminhando por becos entre ruas desertas
Refletido no brilho de olhares taciturnos
Avançando embalado pela impunidade
que é certa.
Um grito, um sussurro;
Paralisia, terror
Um assalto, um abuso;
Tristeza e pavor.
Dois caminhos se cruzam
E seguem seus passos
Um livre e impune
O outro acossado
E assim segue a vida
Nesse estranho normal
Onde os livres são feitos cativos
Por uma "liberdade condicional".