Leviatã
Você é público; não é lúdico, é tirano, um publicano.
Bate a minha porta com a precisão de um relógio.
Acorda-me cedo a cobrar os seus impostos.
Vejo-me sem saída; quer de mim seivar a vida!
Tão logo você recita: "dai a César o que é de César.
Mas, o que mais de mim você espera?
Cobra-me a comida, luz, água...
E o que me oferece? Nada!
Apenas o cabo de uma enxada.
A vida é só isso? Suor, salgada?
Penso às vezes, poderia ser um zelote.
Não. Isso não; é claro que não!
Pois, os teus braços são muito fortes.
Leviatã, você aborrece as minhas manhãs.
Será que me perseguirá até a morte?
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Autor:(ChicosBandRabiscando)