Leviatã

Você é público; não é lúdico, é tirano, um publicano.

Bate a minha porta com a precisão de um relógio.

Acorda-me cedo a cobrar os seus impostos.

Vejo-me sem saída; quer de mim seivar a vida!

Tão logo você recita: "dai a César o que é de César.

Mas, o que mais de mim você espera?

Cobra-me a comida, luz, água...

E o que me oferece? Nada!

Apenas o cabo de uma enxada.

A vida é só isso? Suor, salgada?

Penso às vezes, poderia ser um zelote.

Não. Isso não; é claro que não!

Pois, os teus braços são muito fortes.

Leviatã, você aborrece as minhas manhãs.

Será que me perseguirá até a morte?

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Autor:(ChicosBandRabiscando)

ChicosBandRabiscando
Enviado por ChicosBandRabiscando em 01/08/2020
Reeditado em 01/08/2020
Código do texto: T7023241
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