Pelos Menos Um Milagre!

Quando me viro para o Céu

concluo um conjunto de inverdades

pois, num só olhar, as fantasias vangloriam-se

por alcançarem a perdição divina;

Quando olho para o mar

revejo reflexo de homens fatigados inocentemente,

diante do delírio de mil vozes afins

e o namoro entre dois querubins

que se odeiam mutuamente;

Quando olho para mim

sonego em mares de ideias sem fim.

E sobre os meus defeitos

carrego virtudes sem negativos efeitos

À sombra da esperança

confesso tudo o que penso;

Quando me viro para o Futuro

alcanço inúmeras proibições de sonhos

sobre os pobres lugares ainda não percorridos

entre vontades alheias a nossos desejos

até aos prazeres inacabados de alcançar;

Quando olho para o parlamento das discussões

notifico-me em leituras de inverdades não desmentidas

em relação à corrupção da fala humana

e ao bem-estar do silêncio, que fala mais alto do que um brivante grito;

Quando olho para a vida que temos

dispo-me da tristeza momentaneamente.

Sirvo-me de lembranças fortes:

naquelas horas em que luto eternamente;

Quando me viro para o recente passado

lavo nódoas limpas pela fúria,

estendo cansaços esporadicamente,

descanso-me do cansaço

ao ar livre, sobre as vozes de encorajamento

mesmo que não lhes seja acreditável

que noutrora foram pedras incansáveis

enquanto À PÁTRIA prestavam serviços honrosos;

E, finalmente, de novo, quando me viro para o Céu

depreendo DEUS, lá nas alturas infinitas

que obviamente lança chuvas para todos que,

incansavelmente, O

adoram em verdade

embora não O contemplem a olhos vazios de fé.

Salvador de Jesus Ximbulikha
Enviado por Salvador de Jesus Ximbulikha em 22/07/2020
Código do texto: T7013066
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