A fruta
Não me importa a fruta na bancada
Dos vermes que lhe comem
Dos microorganismos que a decompõe
Senhores!
Vide as calamidades públicas
Os bolsos cheios
O desemprego
A subalternidade
O choro da criança com fome
A pneumonia do velho de rua
A imagem que lhe serve
Qual lhe serve?
O fim do dia entre os carvões
Dos dedos pequenos
Tomados por dentro das carvoarias
Do sonho do ouro
Ao coração do Norte.
Sim senhores!
A fruta apodrecerá.