LÁGRIMAS
Correm lágrimas como rios
Onde o sangue mistura-se impune
Segue entre o vasto lume
Das vias sem começo e fim
Onde assola o fio da navalha,
Que não corta carne ruim?
Por onde andas o poder,
Que assume outra esfera?
Ignora o grito da fera,
Que ecoa da cidade
Vítima do gosto profano
E do próprio poder insano
Como sofre a humanidade!