Canção do Exílio
Nessa terra sem palmeiras,
ouço a bala sibilar;
As chibatas chicoteiam,
só mata o povo de cá.
Nosso céu não tem estrelas,
nossas várzeas não têm flores,
nossos bosques não têm vida,
nossas vidas têm mais dores.
Se andar sozinho à noite,
bala perdida vai me achar;
nessa terra sem palmeiras
ouço a bala sibilar.
Minha terra só tem dores,
que tais só encontro eu cá;
se andar sozinho à noite,
bala perdida vai me achar;
nessa terra sem palmeiras,
ouço a bala sibilar.
Não permita Deus que eu corra,
nem a bala me encontrar;
não quero sentir mais dores
dos manos que perco eu cá;
sem qu'eu veja mais palmeiras,
sem a bala sibilar...
"De últimos cantos", Valdeck A. Jesus, 2017
Canção do exílio
(Gonçalves Dias)
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá,
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
.
Nessa terra sem palmeiras,
ouço a bala sibilar;
As chibatas chicoteiam,
só mata o povo de cá.
Nosso céu não tem estrelas,
nossas várzeas não têm flores,
nossos bosques não têm vida,
nossas vidas têm mais dores.
Se andar sozinho à noite,
bala perdida vai me achar;
nessa terra sem palmeiras
ouço a bala sibilar.
Minha terra só tem dores,
que tais só encontro eu cá;
se andar sozinho à noite,
bala perdida vai me achar;
nessa terra sem palmeiras,
ouço a bala sibilar.
Não permita Deus que eu corra,
nem a bala me encontrar;
não quero sentir mais dores
dos manos que perco eu cá;
sem qu'eu veja mais palmeiras,
sem a bala sibilar...
"De últimos cantos", Valdeck A. Jesus, 2017
Canção do exílio
(Gonçalves Dias)
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá,
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
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