Cena insólita

Cena Insólita.

Assumi a direção,

Sai devagar, sem pressa.

Nas ruas e avenidas não há caos,

Em faixas de pedestres poucas almas,

Foram-se as demais.

Olhava o retrovisor, tudo calmo,

Nada de cenas estressantes,

Ao longe um sobrevivente ambulante,

Educado, jovial, nada de faces obscuras,

Com o vidro aberto o comprimento,

Jogo ao ar uma moeda,

Recebo um sorriso,

Quanta mansidão em uma cena da capital.

O presente me presenteava,

Em mim a vida permanece,

Mas a morte assolava as portas,

Letreiros apagados irão reacender?

Logo o mercado aquece.

Resquício do passado que marca o presente,

Mas o que vejo é a esperança,

Andando à minha frente.

Sérgio Ricardo de Carvalho
Enviado por Sérgio Ricardo de Carvalho em 17/06/2020
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