Cena insólita
Cena Insólita.
Assumi a direção,
Sai devagar, sem pressa.
Nas ruas e avenidas não há caos,
Em faixas de pedestres poucas almas,
Foram-se as demais.
Olhava o retrovisor, tudo calmo,
Nada de cenas estressantes,
Ao longe um sobrevivente ambulante,
Educado, jovial, nada de faces obscuras,
Com o vidro aberto o comprimento,
Jogo ao ar uma moeda,
Recebo um sorriso,
Quanta mansidão em uma cena da capital.
O presente me presenteava,
Em mim a vida permanece,
Mas a morte assolava as portas,
Letreiros apagados irão reacender?
Logo o mercado aquece.
Resquício do passado que marca o presente,
Mas o que vejo é a esperança,
Andando à minha frente.