Revirando o Baú
Revirando o baú.
Mais uma página da história virada,
Em nada eu confiava,
Diziam ser sobre o passado,
Desacreditei.
Pôde cair tanto a humanidade? Indaguei.
As folhas recebem o que nelas se escrevem,
Tudo ilusão,
Loucura de canetas e pincéis,
Máquinas e artistas, poetas e jornalistas.
Na Terra eram sete bilhões, como assim?
Nem caberiam, mas enfim as letras me contam,
Em quem acreditarei?
Cultuavam os bens como se fossem deuses, loucos?
Destratavam os pais, maldade demais,
Aprisionavam o próprio coração em antigas prisões,
Entre grades e cacetetes...tudo sem sentido.
Fotos, tantas que cansam a mente,
Sujeiras em rios como se fossem esgotos reais,
Assim viviam meus pais?
Tanta gente caída no chão,
Junto a moscas, ratos e cães,
Onde estão?
Fotos que descrevem tantas tristezas,
Dão ao meu coração a certeza,
Se assim foi, não queremos mais.