Noites

Na cidade há belezas

E muitas coisas feias

Estamos-nos presas a elas

Peça do quebra-cabeça

Das belezas ficam-se os caroços

Da feiúra a procriação

Dos filhos o futuro

Dos pais a decepção

De dia, ruas vazias

De noite ruas cheias de pecado

Um bocado de adolescente

Brincando de gente grande

Na noite em vão