Medievos

O meu sangue doce atrai aos tubarões.

Porém, não me dou as sepulturas.

Sangro, expludo os meus nervos.

Além dessa fogueira aqueço-me.

Acredito no meu lume.

À mesa deixo o candeeiro.

Afora, o maligno e o seu cortejo.

Tão longe de tudo me vejo!

Sou um vaga-lume.

O farol da ilha é minha lanterna.

Distancio-me do falso cardume.

Sou d'Arc em chamas, brasa e desejo.

Não me apago nestas trevas.

Obscurantismo é toda forma de castidade.

É a loucura costurada a carne da maldade.

As ilusões assim borbulham...

Vomito em silêncio tudo o que penso.

Nem sempre as dores se curam.

Ao túmulo que desçam os caixões,

porque não sabem o que pensam.

Mundo ameno, chora em silêncio!

Ainda assim, não serás tão pequeno.

Autor: ChicosBandRabiscando

ChicosBandRabiscando
Enviado por ChicosBandRabiscando em 21/05/2020
Reeditado em 21/05/2020
Código do texto: T6954018
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