O LIXEIRO
Lá vem o lixeiro
com seu traje de gala,
chinelo de dedo
e vassoura na mão.
Lá vem o lixeiro
limpando a sujeira,
apanhando com jeito
os detritos do chão.
Lá vem o lixeiro
aspirando a poeira,
aspirando mau cheiro,
aspirando doença
e infecção.
Lá vem o lixeiro
debaixo de sol,
debaixo de chuva,
sem gurada-sol,
sem guarda-chuva,
sem proteção.
Lá vai o lixeiro
soldado aguerrido,
enfrentando sem medo,
os germes mundanos
da putrefação.
( Do livro- LIXOS & CAPRICHOS – CMC – Consórcio
Mineiro de Comunicação Ltda – BH – 1991.)