Versos padêmicos

Vidas ceifadas,

Sonhos enterrados.

Povo esgotado.

Ele lá, parado.

Soltando gracejos.

Perversos desejos.

Contaminados bafejos.

Do capital, lampejos.

Enterros em valas.

Angústias, sofrimento.

Governo indecentemente.

Agindo covardemente

Procurando tão somente.

Provocar desentendimento.

Incentiva o rompimento.

Das medidas de isolamento.

O povo entregue ao caos.

Nossa gente tão sofrida.

Já se sente exaurida.

Ronca as vísceras na barriga.

Enquanto grupos lá na briga.

Causando tumulto e intriga.

Insanos que a política abriga.

Populações que desabriga.

Clamor aos céus.

Rogo a Deus nestes versos.

Que também são subversos.

Vem, detenha os perversos.

E aplaque os tempos adversos.

Nos quais estamos submersos.

Nos mostrando o anverso.

Novo mundo, novo universo.

Zenilda Ribeiro
Enviado por Zenilda Ribeiro em 15/05/2020
Reeditado em 15/06/2020
Código do texto: T6947744
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