Periferia
Nas marginais da periferia
contesto a miséria,
grito sem ressonância,
libero meus instintos,
retenho os intentos
enquanto repouso sublime
esquecendo que a geração prossegue,
deleitando-me na poesia paradoxal
nos contrastes dos seus olhos aos meus.
Contradigo o dito,
rabisco o muito escrito,
faço chuva de d’ouros,
gotículas de serenata
tingindo fielmente de prata
mechas dos cabelos,
já nas amnésias aos apelos
da periferia sofredora.
Quero-a nas sublimes festas,
no esquecimento de nossas diferenças.
Quero-a nas partículas do tempo,
nos efêmeros minutos
subjugados ao comércio,
a troca inevitável da sobrevivência.
Nem as catástrofes abalam,
apenas meus tremores trazem náuseas.
Sou impiedosamente nefando,
soberbo nas loucuras,
perdido quando estou amando.
Ah, perdão Divino!
Derrame sobre minha cabeça
os fluidos do esquecimento
para que eu veja apenas ela,
mesmo esquecendo que sou gente
e que minha gente sucumbe
vistas das janelas do mundo.
Nas marginais da periferia
contesto a miséria,
grito sem ressonância,
libero meus instintos,
retenho os intentos
enquanto repouso sublime
esquecendo que a geração prossegue,
deleitando-me na poesia paradoxal
nos contrastes dos seus olhos aos meus.
Contradigo o dito,
rabisco o muito escrito,
faço chuva de d’ouros,
gotículas de serenata
tingindo fielmente de prata
mechas dos cabelos,
já nas amnésias aos apelos
da periferia sofredora.
Quero-a nas sublimes festas,
no esquecimento de nossas diferenças.
Quero-a nas partículas do tempo,
nos efêmeros minutos
subjugados ao comércio,
a troca inevitável da sobrevivência.
Nem as catástrofes abalam,
apenas meus tremores trazem náuseas.
Sou impiedosamente nefando,
soberbo nas loucuras,
perdido quando estou amando.
Ah, perdão Divino!
Derrame sobre minha cabeça
os fluidos do esquecimento
para que eu veja apenas ela,
mesmo esquecendo que sou gente
e que minha gente sucumbe
vistas das janelas do mundo.