Valor miserável

Perdeste o valor, miserável,

Perdeste o valor para o contrato

Perdeste a vontade para a comodidade

Perdeste o julgo pela xibata

Perdeste o dia pela noite frustrada

Pendeste às palavras erradas

Pendeste ao tudo para não ter nada

Não te culpas

Além disso

Nada conheces

Além disso

Não é preciso

Além disso

És omisso

Além disso

Não se permite

Se esforça para causar risos

Das criaturas mitológicas

A mais amaldiçoada

Se arrasta nas pedras

Até do sangue lhe sair o valor miserável

A ninguém pede socorro

O de cima tem as orelhas vendadas

O de baixo não te serve de nada

Empurrando a máquina todas as faces são iguais

A dor se mistura ao sofrimento e os usa de sandália

O chicote estala a qualquer mísera parada

Quando cai ao chão, nenhuma vela é acesa

Nenhum canto

Nem mesmo ramo de flor moribunda

e entornado

És apenas trocado

Pela nova engranagem da máquina infernal