O SERTANEJO DO SERTÃO

Ia chuva é o céu chorando sonhos

De quem vive esperando suas espigas

O sertanejo bravo rompe a terra medonho

E impõe-se ser de vidas e intrigas

É indignado com o inferno da política

E batizado pelas lágrimas dos seus filhos

Desde novo tem de trabalhar, analítico

Cada estrela no chão de sementes tem seu brilho

Ele, ardo selvagem de espinhos e sombras

Vê a palidez da ironia em um cadáver

Alguém que deu a vida pra plantar alimentos

Morre de fome num deserto sangrento

Seu cemitério ri-se da franzina população

Pois, da cova, o sertanejo ainda bate seu coração

Audsandro do Nascimento Oliveira
Enviado por Audsandro do Nascimento Oliveira em 11/04/2020
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