VÍRUS URBANO

Nestes tempos de pandemia

Vejo a vida da janela...

As árvores estão mais verdes, as flores mais belas

A claridade da tarde, que a fumaça escondia.

Pior não poder ir ao encontro dela

Caminhar pelas ruas quase vazias

Desimpedido deste medo que asfixia

Me livrar do ócio, fugir da sentinela.

Muito mais saber que este momento singular

Desfaz rotinas, tira as coisas do lugar

Traz dor, mesmo pontual.

Começo a sentir falta do burburinho, do caos urbano

Aquele vírus que entre nós, humanos

Faz da desordem algo sempre normal.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 06/04/2020
Código do texto: T6908625
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