POLÍCIA, JUIZ E CARRASCO
Sou policial. Meu dever é prender bandido
Se eles estrebucham e não desembucham
Onde está o roubado, dou-lhes murro no umbigo
Não se deve ter dó de quem não tem coração
Eles são brutos como cavalo indomáveis
Os que têm filhos, não ligam pra prole
Pois senão seriam mais amáveis
Mas são pedra áspera que ninguém engole
Ladrão é pra apanhar até morrer
Assassino é pra morrer de apanhar
Marginal é pra sofrer no couro o que faz
Se matou filho é pra ter filho morto
Eis malditar
Adoro ver sofrer quem fez outros sofrer
É o prazer de ser juiz e carrasco, no anoitecer