VIDA DE POETA
Começou a correr por entre as flores,
Atrás da borboleta dos amores...!
E quanto mais ele corria... ela fugia...
Assim foram os dois por muito tempo...
Ele ansioso, esperançoso... ela ignorando...
e alcançando-a... ela se foi adiante...!
Ao ver-se só nessa ilusão desfeita...
– Sonho de ouro que se fez em pó!
O poeta sentou-se ao fim da estrada
e sacudindo o pó de sonho de sua alma,
foi filósofo e pensou:
– Amei e amo!
Deu de ombros e andou...
(Rio Grande-RS, 1949)