TERRA BRASIL
Meu Brasil tem canaviais
Onde florescem lilases
Suas majestosas flores.
Onde no seu verde doce de açúcar
Se amargam corações de homens tristes
E as mãos já não sonham o fruto,
Se calejam.
Meus Brasil já não tem escravos
Mas tem homens com fome,
Cobertos de trapos,
Numa luta constante pela sobrevivência
E que dia após dia, no labutar pela vida,
Não têm tempo de sonhar,
De viver e de amar.
Meu Brasil já é livre
Mas com favelas nos morros,
Crianças analfabetas,
Adolescentes carentes,
Recém-nascidos morrendo
No dia-a-dia do tempo.
Meu Brasil, miscigenador de raças,
Festa de irmãos pela mesma bandeira
Mas, pairando no ar,
Maculando a mistura,
Tênue fumaça camufla olhos brancos,
Mundo sem cor.
Meu Brasil sem berço esplêndido,
Está nas ruas, maltratado, maltrapilho;
Sem teto, sem pão, sem educação.
E embora insone
Inventa manhãs e amanhãs,
Mas por mais que amanheça,
Esse povo não acorda!
(do meu livro de poesias "Tatuagem", edição 1988 )
Meu Brasil tem canaviais
Onde florescem lilases
Suas majestosas flores.
Onde no seu verde doce de açúcar
Se amargam corações de homens tristes
E as mãos já não sonham o fruto,
Se calejam.
Meus Brasil já não tem escravos
Mas tem homens com fome,
Cobertos de trapos,
Numa luta constante pela sobrevivência
E que dia após dia, no labutar pela vida,
Não têm tempo de sonhar,
De viver e de amar.
Meu Brasil já é livre
Mas com favelas nos morros,
Crianças analfabetas,
Adolescentes carentes,
Recém-nascidos morrendo
No dia-a-dia do tempo.
Meu Brasil, miscigenador de raças,
Festa de irmãos pela mesma bandeira
Mas, pairando no ar,
Maculando a mistura,
Tênue fumaça camufla olhos brancos,
Mundo sem cor.
Meu Brasil sem berço esplêndido,
Está nas ruas, maltratado, maltrapilho;
Sem teto, sem pão, sem educação.
E embora insone
Inventa manhãs e amanhãs,
Mas por mais que amanheça,
Esse povo não acorda!
(do meu livro de poesias "Tatuagem", edição 1988 )