Somos Herdeiras
Herdeiras das que correram,
Subiram montanhas,
Calcaram pedras,
Acuadas morreram.
Herdeiras das que sementes cataram,
Rolaram ribanceiras,
Mergulharam cachoeiras
Escorregaram barrancos,
Sem sonhos viveram.
Em cima de árvores,
Em ninhos de gravetos,
De plumas, talvez.
Acorrentadas em igualdade
Através da névoa
Da sociedade que se desfez.
Somos herdeiras
Do sofrido desejo da liberdade
Daquilo que nunca veio.
Herdeiras das que perscrutaram o céu
Em busca da esperança
Derradeira.
Herdeiras da barbárie,
Dos gritos calados,
Do choro abafados,
Da origem escandalosa
E da rebeldia incontrolada.
Correram dos lobos
E não com eles
E hoje correm contra o tempo.
Montaram mamutes,
Todos os contos de fadas viveram.
Ressuscitaram desorientadas
Num rumo desconhecido
Pronto a ser desbravado,
Penduradas em galhos
Como na corda bamba.
Dançaram com a escuridão
Em noites de lua cheia.
Acenderam fogueiras
Para iluminar a maldição
Sem afundar na lama.
Herdeiras das que correram,
Subiram montanhas,
Calcaram pedras,
Acuadas morreram.
Herdeiras das que sementes cataram,
Rolaram ribanceiras,
Mergulharam cachoeiras
Escorregaram barrancos,
Sem sonhos viveram.
Em cima de árvores,
Em ninhos de gravetos,
De plumas, talvez.
Acorrentadas em igualdade
Através da névoa
Da sociedade que se desfez.
Somos herdeiras
Do sofrido desejo da liberdade
Daquilo que nunca veio.
Herdeiras das que perscrutaram o céu
Em busca da esperança
Derradeira.
Herdeiras da barbárie,
Dos gritos calados,
Do choro abafados,
Da origem escandalosa
E da rebeldia incontrolada.
Correram dos lobos
E não com eles
E hoje correm contra o tempo.
Montaram mamutes,
Todos os contos de fadas viveram.
Ressuscitaram desorientadas
Num rumo desconhecido
Pronto a ser desbravado,
Penduradas em galhos
Como na corda bamba.
Dançaram com a escuridão
Em noites de lua cheia.
Acenderam fogueiras
Para iluminar a maldição
Sem afundar na lama.