JÚLIA...
E ela,
Tinha apenas 15 anos
Cheia de planos e sonhos
Não cortava,
Nem tingia os cabelos
Não pintava as unhas, nem o rosto
Não tinha inimigos,
Pois, não fora apresentada
Ainda, às maldades!
Não conhecia o pecado
Ia sempre à missa na igrejinha
Não faltava, sequer um domingo
De joelhos e com fervor, rezava,
Se emocionava com os cânticos
Lia as preces, recolhia as ofertas
Ceava com fé,
O Corpo e o Sangue de Cristo
Cheia de bênçãos, voltava pra casa!
E ela,
agora acabou de completar 18 anos
Têm vários amigos, “amigos”?
Nunca mais rezou, nunca mais sonhou
Nem se alimenta direito
Perdendo a razão e o sono
Anestesia-se e se alucina
Mas que pena,
Ainda é quase uma menina
Se revestiu de tatuagens
Desfigurando o seu ”corpo”
Já não bebe mais, o Sangue de Cristo!
Na sua curta existência
Já provou quase tudo
Entorpeceu seu espírito
Sua alma, á pouco ingênua, rasteja
Seu coração que era puro,
Bate transloucado e em descompasso
Trocou a noite pelo dia
Virou uma menina vadia
Não reza, não come comida sadia
Não dorme e por isso,
Esqueceu de sonhar
Não quer mais lutar,
JÚLIA...
Desistiu de viver!