Um Canto de Liberdade

Á brilhar na escuridão da consciência.

Luz tardia e ofuscada pela crença insana.

Pelas grades da prisão, uma seita profana,

De mestre e discípulos de pura demência.

Farol que nunca cede nem se apaga

Promessa urgente que o vento sopra

Um brilho ardente que o poeta afaga

Palavras e rimas que de noite obra.

Se ontem o Poeta em Espumas Flutuantes,

Clamava liberdade e "fechava os mares",

Seus gritos vagam como pássaros errantes,

Pelas favelas e campos de impolutos ares.

Mas para o poeta de sonho desperto

Que de noite rasga seu verso demente,

Seu canto suave se faz ouvir bem perto.

Canto de Liberdade, sob um céu clemente.

João Drummond
Enviado por João Drummond em 11/02/2020
Código do texto: T6863670
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