Bullying

Todos os olhos me acompanham

Aonde quer que eu vá

Meu coração dispara

Se eu tropeço, eles ganham

Me enrijeço, confiante no exterior

O estômago embrulha

As mãos molhadas de tormento

É apenas uma caminhada no corredor

Se me ergo para uma leitura

Ouço risos de zombar

Há faces a amedrontar

Oh ensino médio, tu tanto perdura

O olhar sempre está baixo

Não me atrevo a observar

Os rostos dos meus monstros

Em qual grupo me encaixo?

Já tentei ignorar, segui o conselho

Não é fácil ser o escárnio

Por anos através das carteiras

E ouvir tantas risadas se olho o espelho

Eles podem me machucar

Sem nem mesmo estarem perto

Mas é claro que eles não sabem

Que cada apelido, continuo a escutar

Dentro do banheiro, flutuando, talvez morto

Afogado nos sonhos, e na água da banheira

Pois não é frescura, e a mente não cicatriza

Tão fácil quanto o corpo

E há cortes sobre o trauma

E no luto falso, chorarão

O preto alguns dias em suas roupas

E pra sempre em minha alma