EPIDERMILOSOFIA - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil.

EPIDERMILOSOFIA - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil.

Meu contato epidérmico

com a vida

Contraria a ficção de quem estuda

E interpreta cada dor que foi sofrida,

Sem saber que a dor mais triste é mais aguda.

O DNA da história é tão mutante,

Como um vírus que sofre metamorfoses,

Basta apenas que um doutor se desencante,

Que ele espalha ideologia... em várias doses.

Nessa crônica que impõe o que se pensa,

E se omite o que se acha elementar,

A retórica se torna tão intensa,

Que a verdade atinge um outro patamar...

É transcrita ao bel prazer do narrador,

Que se exalta, dramatiza e gesticula

Como se fosse o mais nobre sonhador

Que receita o seu remédio... e perde a bula.

Cicatrizes não são meras tatuagens

Egocêntricas... não são Filosofias...

Não se escondem sob falsas maquiagens,

São mensagens da vida de cada dia.

Muita gente, pela pressa ou ansiedade

Natural de ser a estrela principal,

Ignora o que se que diz com mais verdade

E a verdade perde o tom original.

Implacáveis conteúdos camuflados

De uma história infiel à realidade,

Vão deixando, infelizmente, seus legados

Para os que vivem da própria ingenuidade.

No subúrbio, na favela... ou condomínio,

No barraco ou na mansão à beira mar,

Cada história tem especial fascínio,

E a visão de cada um? Particular.

Cada um tem uma forma respeitável

De viver e de entender, à sua maneira,

A história verdadeira e imutável,

Que o fez sobreviver a vida inteira

E eu aqui, ignorante diplomado

Ante tanto desamor desnecessário,

Vou sorrindo... e meu olhar desapontado...

Simplesmente toma outro itinerário.

São Paulo, Aeroporto de Congonhas, às 9h e 20 mim do dia 4 de fevereiro de 2020.

LUIZ POETA
Enviado por LUIZ POETA em 04/02/2020
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