VOU ME DEITAR
Claro como os olhos que podem enxergar
O escuro vazio de meu estômago
Reclama angustiado, seco ou molhado
De tanta incompreensão que vivo
Que sinto, que passo, culpa desse mundo
Que me ilude, que me acaba,
Tenho sede de comer, transpiro frio
Grito bem alto, quando consigo
Quando tenho voz,
Mas quase sempre, instantaneamente
Ninguém me ouve,
Não querem me ouvir!
Olhos desidratados, cabelos desordenados
Ao olhar a frente, a visão turva
Com tudo isso que vivo, que não vivo
Acho que já me acostumei,
Estou com vertigem,
Vou me deitar.