ESTERTORES
Seres ácidos, torpes e tóxicos despejam
Infectos dejectos frutos do seu intelecto
vicejam silentes sementes cadentes
de vários aspectos acres de destruição
Ecos de si mesmos repetem e repetem
Num dialeto inclemente que não se cala
O veneno, a nódoa e a cica do ódio
ano após ano se alastram entre as gentes
Introspectos e abjetos animais urbanos
Humanos torpes disseminadores do mal
a todas as mentes alienadas e decadentes
pequenas, rasteiras, nocivas como tal
muito conveniente é se rotular de humanidade
O descaso do poder e política e seus esgares
que se prostituem e se travestem em visgo letal
escorrem pelas bocas, becos, guetos e lares
caminhos, trilhas, alamedas e decadentes ruas
se nutre da miséria, violência e fome
invadem nossas vidas de formas vis e cruas
Que droga de mundo !
havemos que nos reinventar e nos reparir
havemos de fênix então nos ressurgir
Todas as coisas que hoje tão passarinhos
num belo dia então passarão
Dos solos que hoje apenas se produzem espinhos
humanos e tudo então mais a frente florescerão