O grito sem rosto
Agoniza na rua
Partiu, não tem sol
Também não tem lua
 
A terra que pesa
O corpo não sente
Não chora, é semente
Que a água não rega
 
A esperança se pôs
Naufragou com os sonhos
Quem sabe outros tantos
Poderão se salvar
 
No morro entre as pedras
A esperança resiste
O amor sobrevive
Jamais morrerá
 
O asfalto patrão
Não faz distinção
É pena de morte
Pra qualquer cidadão
 
Bumerangue social
Queda no precipício
Financia o tráfico
Pra sustentar o vício