Cruz na Caixa de Veludo (Guerras Assassinas)
Eu vi através dos seus olhos.
Vi a dor da mãe ao ver o filho partir.
Lutar a guerra dos homens.
A guerra fria e suja,
Manchou-se com o sangue do seu menino.
Lembrou-se do choro sentido.
Pelas quedas que tanto tomou.
Do joelhinho ralado, sangrando.
Do dedinho cortado.
Quantas noites de sono perdida,
Quantas vezes fascinada, o olhou dormindo.
Quantas vezes ficou zangada,
Quantas tantas o perdoou.
Agora só restam as lágrimas,
O ódio pelos que o tiraram de si.
Agora só restam as lembranças,
E a cruz de ferro na caixa de veludo.