PARAISÓPOLIS
O paraíso abre as portas
Pra receber novas vidas
Nove jovens habitantes
Nove pontos de partida
 
Pobres lombos desprotegidos
Tão fácil de descer o pau
Na contramão da democracia
E da ordem social
 
Pretos, jovens, favelados
Estigma de transgressor
Mortes com endereço certo
Com gênero, idade e cor
 
Quanto sangue derramado
Lágrimas, tristeza e dor
Despreparo inominado
Do Estado coator
 
Violência banalizada
Da força estatal que reprime
Que ameaça, bate e mata
Jovens bandidos sem crime
 
A missão é proteger
Mas se arvoram em matar
Às vezes mata-se aqui
Mas a violência ocorre lá