PRATO DE HÓSTIAS
Roer as unhas
Ou roer o osso
Viver com esse antropófago
Ou morrer enclausurado
No fundo de um poço
Amanhã todos esquecem
Dessa tal corrupta tralha
Comeram um prato de hóstias
Deixaram a mesa posta
Libertando todas as balas
A voar por tantos corpos
Não se sabe como coube
Numa única vala
Causou horrendo alvoroço
A postura do canalha
Apontou pra’quele outro
E disse: é dela a mala
Com um discurso insosso
O país todo se abala.