ME OBRIGARO A RIMÁ
froxo e queido
demasiado ingênuo
desanimado
acorrenteram-me
dicionário em riste
brigado por me silabar
a vozinha garrida
não tava nem formada
corda de aço de garganta
enrejecero pra estar
como porco fodido
a lavage foi servida
ela me serviu
se ser viu de mim, riria
de zoio queido de beiço disquete
disquito da ideia etiquetada
de moço arredo esquisito
tenho meus pacotes, sinhô
de toda a mazela que vi
tu não te aquetava mais em vida
essa tua pompa inflada de vivido
mucharia feito suflê
se tombasse na sina dada
que herdei antes de nasce
nem tem motivo pra estenderia
nem histeria
ta tudo jogado aí
nas dobra enrugada da tua cara "vivida"
se dormisse na cama que eu dormi
no dia seguinte nem vida teria.
me obrigaro a rimá
não por quisto
por condenação
o tico que me resta de vida
o respiro que bate no peito
se não fosse por essas palavra, sinhô
a morte me desmembraria o respeito
isso aqui oh é tudo o que tenho
não zomba da minha escrita, doutô
to sobreviveno por aparelho.
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