ME OBRIGARO A RIMÁ

froxo e queido

demasiado ingênuo

desanimado

acorrenteram-me

dicionário em riste

brigado por me silabar

a vozinha garrida

não tava nem formada

corda de aço de garganta

enrejecero pra estar

como porco fodido

a lavage foi servida

ela me serviu

se ser viu de mim, riria

de zoio queido de beiço disquete

disquito da ideia etiquetada

de moço arredo esquisito

tenho meus pacotes, sinhô

de toda a mazela que vi

tu não te aquetava mais em vida

essa tua pompa inflada de vivido

mucharia feito suflê

se tombasse na sina dada

que herdei antes de nasce

nem tem motivo pra estenderia

nem histeria

ta tudo jogado aí

nas dobra enrugada da tua cara "vivida"

se dormisse na cama que eu dormi

no dia seguinte nem vida teria.

me obrigaro a rimá

não por quisto

por condenação

o tico que me resta de vida

o respiro que bate no peito

se não fosse por essas palavra, sinhô

a morte me desmembraria o respeito

isso aqui oh é tudo o que tenho

não zomba da minha escrita, doutô

to sobreviveno por aparelho.

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Lâmpada de Porão
Enviado por Lâmpada de Porão em 21/11/2019
Código do texto: T6800083
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