Os esquecidos pelo mundo
Uniforme no corpo vestido
vestido dentro do caminhão
caminhão carregando o esquecido
o esquecido da desvalorizada profissão
Roupas laranjas feito um detento
detento de um sistema de desigualdade
desigualdade que os obriga lutar por alimento
alimento restrito a uma minoria da humanidade
São os homens do saco que não levam nossas crianças
crianças que os veem como seres nojentos
nojentos não são! Chame de trabalhadores, repletos de esperanças
esperanças que os mantém de pé diante de tantos tormentos
Correndo nas ruas ao anoitecer
anoitecer repleto de violência
violência que os põe em risco até o amanhecer
amanhecer que sucede uma noite de negligência
Sacos no chão perigosos
perigosos pois carregam o desconhecido
desconhecido que lhes faz cortes maldosos
maldosos pois não há aviso de caco de vidro
Carregam no olhar dignidade
dignidade que os repletos de abundância jogam num saco
saco cheio de luxo maltratado pelos habitantes dessa cidade
cidade que engole, digere e caga no lado mais fraco
Eles mantêm limpas as ruas dessa grandiosa aberração
aberração habitante que vê cada um deles como um serviçal agradecido
agradecido por esse mundo ingrato, realmente achas que estão?
Acordem! Eles tão cansados, e ainda assim mantém seus choros escondidos
escondidos guerreiros com suas tão calejadas mãos
mãos tão sofridas para nunca deixar os familiares desnutridos
Todas as noites eles vagam em nosso submundo
carregando o fardo de limpar o que eu deixei imundo
todas as noites parte mais um caminhão moribundo
carregando nele os esquecidos pelo mundo