AOS INCÊNDIOS DESTE PAÍS
No quente inferno de Agosto,
Dos fogos incendiados qu'existem
Há gente mui triste em cada rosto
E a plebe da nossa terra resistem.
Os homens perigosos com fogos postos
Querem matar a gente deste PAÍS
E nós que partilhamos um grande desgosto
Porque suportamos tanto como se diz.
As lágrimas não conseguem apagar,
E os habitás queimados pelas chamas
E o País continua mesmo a lutar
Contra os incêndios com as suas dramas.
O Principal culpado é o Governo,
Que não permite os estragos em tudo,
Abandonam os incêndios, inferno,
E há tanta humanidade com estudo.
É urgente a privação aos incendiários!
E quem os decide fazer isso,
Isto não persiste nos diários
É muito importante pensarmos nisso.
Ninguém tem prudência co' o arvoredo,
Quando s'observam, as matas arderem
E dizemos qu'estemos co'os democratas
Mas eles não gostam nada de fazer.
Os arvoredos 's'tão a arderem
E o pessoal na verdade a ficarem sem nada,
Cada vez há pouco pudor nesta gente,
E esta agremiação está desorganizada.
A populaça a falecer nos incêndios,
Qu'é muto risco se vê em Portugal,
Quando não desvendo nos compêndios
Esta vivência tão medonha e prejudicial.
LUÍS COSTA
12/08/2004