AOS INCÊNDIOS DESTE PAÍS

No quente inferno de Agosto,

Dos fogos incendiados qu'existem

Há gente mui triste em cada rosto

E a plebe da nossa terra resistem.

Os homens perigosos com fogos postos

Querem matar a gente deste PAÍS

E nós que partilhamos um grande desgosto

Porque suportamos tanto como se diz.

As lágrimas não conseguem apagar,

E os habitás queimados pelas chamas

E o País continua mesmo a lutar

Contra os incêndios com as suas dramas.

O Principal culpado é o Governo,

Que não permite os estragos em tudo,

Abandonam os incêndios, inferno,

E há tanta humanidade com estudo.

É urgente a privação aos incendiários!

E quem os decide fazer isso,

Isto não persiste nos diários

É muito importante pensarmos nisso.

Ninguém tem prudência co' o arvoredo,

Quando s'observam, as matas arderem

E dizemos qu'estemos co'os democratas

Mas eles não gostam nada de fazer.

Os arvoredos 's'tão a arderem

E o pessoal na verdade a ficarem sem nada,

Cada vez há pouco pudor nesta gente,

E esta agremiação está desorganizada.

A populaça a falecer nos incêndios,

Qu'é muto risco se vê em Portugal,

Quando não desvendo nos compêndios

Esta vivência tão medonha e prejudicial.

LUÍS COSTA

12/08/2004

TÓLU
Enviado por TÓLU em 04/11/2019
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