UM CRIME MAIS-QUE-PERFEITO


Se um crime é perfeito
- ou imperfeito -
desafia a ação policial.

Até aí, tudo parece normal.

Se é mais-que-perfeito,
desafia as leis da física
e iguala
procuradorias,
mordomo,
condôminos,
o porteiro (tudo anotou),
mandante (se mandou),
o exímio milico-atirador,
doutores da defensoria,
o genial advogado geral,
o superministro federal...
...=    
sim, tudo se iguala
com as supermalícias e
estultícias das milícias.

E ao povo se enganou
com o maldoso desdizer
de um suposto mandante,
na TV,
ainda no estágio inicial:

"Morreu... fazer o quê?!"

E toda uma luta acabou
com um simples funeral,
etc. e "et coetera" e tal...
Fernando A Freire
Enviado por Fernando A Freire em 31/10/2019
Reeditado em 23/03/2020
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