Abandono

A rua escura numa noite cinzenta,

Corpos seminus, todos à venda,

Almas pedindo clemência.

Criaturas ingênuas,

Corpos acanhados, ainda em formação.

Destino implacável e cruel,

Almas sofridas buscando compreensão.

Vícios ofertados,

O cigarro, a bebida...

No salão, os pares, risos...flertes...agrados.

Vidas ceifadas, glamour de ilusões.

Noites de vigília, corpos sem descanso,

Corpos flácidos, que já não despertam tantos desejos.

Criaturas pequenas que sofrem, almas grandes que choram...

E nós, seus algozes.