Um homem riscou um fósforo
Um homem riscou um fósforo
Um homem riscou um fósforo
E acendeu o ódio
Era um ódio enterrado
Mas o pavio do ódio apareceu
porque o vento bravio soprou sem parar e o desenterrou
Talvez o tempo seco seja o culpado...
O homem que acendeu o pavio exposto
Não foi o homem que primeiro propagou o ódio
E ele não estava lá quando o ódio foi enterrado
Mas ele, por algum motivo queria encontrar o pavio
Só para poder acendê-lo.
O homem riscou o fósforo e achou bonita a chama vermelha, lhe lembrou a cor de sangue vivo
E o ódio há tanto tempo enterrado
Voltou à vida, ou à morte
Deveriamos agora dar o prêmio nobel do ódio à esse homem?
Porque realmente ele realizou a vontade de muitos
Ele acendeu o pavio da intolerância
E quantos não odiavam em silêncio?
E ele deu fôlego a essa chama adormecida
Que só esperava por esse homem
Para voltar a vida
O fósforo riscado morreu satisfeito
Todos que estavam em silêncio
Agora podem levantar a voz...dizer sem medo
O ódio enterrado está de volta
Devemos agradecer ao homem que o desenterrou?
Ou ao homem que o enterrou?
E tentar outra vez reprimir os que acharão isso tudo um absurdo!
O ser humano não soa tão desumano ?