Sem violência, hodierno capitão
Lá está ele: a postos, imposto em seu posto,
Ansiando por fazer mais uma vítima,
Majoritariamente negro, nigérrimo sim!
Mas, só conhece sua história contada eurocentricamente.
Então, transveste-se de capitão do mato, incorpora o patrão opressor,
E lá vai ele, chicoteando, humilhando, amordaçando,
Violando até a alma do irmão de cor, de ancestralidade,
“Justiceiro” impiedoso, tem sangue nas mãos, realidade
A “liberdade” infame que tornou cativo, sem eira, nem beira
Também é sua sina traiçoeira, de infindável desigualdade
Companheira de jornada, de absurdos, iludido feitor, capitão do mato
Está a serviço da moderna escravidão?
Labuta, é preciso; ganha o seu pão, alimenta seu “menino”
Porém, sem violência e sem açoite, hodierno capitão!