CONFISSÃO
CONFISSÃO
Que lástima! Descobri que fui cooptado
Na universidade como inocente útil.
Eu que me achava esclarecido, um dia, coitado!
Quis saber o porquê do viés comuna, sutil.
De família usual não combinava, mas não via.
Ah!Tive que me desconstruir da lavagem cerebral.
Fui inocente, sei, mas como milhões foi viral.
Felizmente, conforme as máscaras caiam,
Numa epifania, caiam as escamas também,
E milhões de zumbis, num átimo, se viram nus,
Vivendo das migalhas que criam fazer bem.
Mas ao içarem o tapete, foi um fudum!
O odor era nauseabundo, o sarcoma endêmico
Ali instalado, mantinha uma casta de parasitas
A sugar as forças do hospedeiro que, anêmico,
Por décadas vivia numa tirania recôndita.
Macapá-AP, 08/06/2019.
(S.C. Ribeiro Torqauato)
TEXTO REGISTRADO - USINA DE LETRAS N. 156003277606026100