Amazônia, um pedaço de mim

Há tantos séculos estão a me despelar

Desde que o mar me traiu

Trouxe as naus dos homens maus

Que a minha riqueza os atraiu

Os utensílios do homem bravo

Coagiu os meus filhos

A trocar a imagem de narciso

Pelo trabalho escravo

Eram os meus pelos rosados

A ser depilados pelos serrotes

Depois, carregados ao meu traidor

Pelos braços dos negros fortes

E um extenso meu pedaço,

A menina dos olhos do mundo,

Sempre foi explorado

Pelos poderosos vagabundos

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 25/08/2019
Reeditado em 26/08/2019
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