Amazônia, um pedaço de mim
Há tantos séculos estão a me despelar
Desde que o mar me traiu
Trouxe as naus dos homens maus
Que a minha riqueza os atraiu
Os utensílios do homem bravo
Coagiu os meus filhos
A trocar a imagem de narciso
Pelo trabalho escravo
Eram os meus pelos rosados
A ser depilados pelos serrotes
Depois, carregados ao meu traidor
Pelos braços dos negros fortes
E um extenso meu pedaço,
A menina dos olhos do mundo,
Sempre foi explorado
Pelos poderosos vagabundos