A aparência das coisas
Noticias em jornais rebelião.
Fera humana poluída.
Pise fundo no pedal saboreando a estrada.
Mãos no volante,
cuidado com a vida!
Como ser o que se é?
Se a vida nos nega a vida.
Se as portas se fecham
E consome o destino.
A tampa se fecha sobre nós.
velho, homem ou menino.
Quantos mendigos!
A fome, a solidão, os vícios...
As dores as portas o destino
Que nos olha, olho da rua.
A loucura.
A prostituição das crianças
O dinheiro como espirito de todo consumo
A paz dos homens de dezembro, pois é natal.
Espirito de caridade...
A caridade dos espiritas
espíritos tentando ocupar os aparelhos dos vivos.
A morte solucionando a dor dos vivos
Nos túmulos a memoria das lapides...
Nos ossos tão frágeis perdulários na consumação
Um girassol vermelho com a brisa gelada
Meus olhos estáticos nas formigas do chão
Humanas nas fabricas velando a desigualdade.
de gente de posição.
Minha língua companheira do silêncio
das placas luminosas apagadas
que nada dizem a quem passa com seu gás encarcerado
Salve mundo a se mesmo
Salve vida a outras vidas
Salve! Salve! Hipocrisia
A lama dos túmulos que somos nós,
apodrecendo no solo sem as palavras em nossa boca.
Ou mesmo aqui!...
Trancados do lado de fora na vida sem saber frutificar.
Calados vivendo a condições impostas.
Os desvirtuados, os bons de verdade,
com seus pecados ocultos não confessados a aparência dos enganos.
pois não seriamos tão perfeitos,
com tamanha exatidão.
Francisco Cavalcante