O sonho do Brasil
O sonho do menino Brasil
Um mundo de fantasia onde do céu nas asas de jaçanã
O curumim ouviu a profecia
Que haveria um lugar plano e alto
Onde os homens do planalto não desejavam saber do saber
E o pássaro mostrou ao curumim depois do seu voo rasante
Sobre um pampa gigante
Iluminado pelas estrelas
Uma festa de colarinhos brancos
Que infesta o orgulho da nação
Revelou os segredos de Brasília, a terceira capital
Que deveria ser protegida pela invasão
Mas o que se viu, não leve a mal
Foi o candango construir o berço da corrupção
E longe dos sonhos dos cabeças amarelas
A jacana jacana pairava sobre a solidão do agreste,
A região do nordeste longe do centro-oeste,
E via a vida seca e a dor a chamar a chuva pra banhar o sertão
Enquanto o negro no Quilombo dos Palmares a aclamar a sua libertação
Ó liberdade, a voz, do céu se ouviu
É o grito dos surtos
É o surdo gritando, a viola chorando
O lamento do Brasil
Utopia, o meu Brasil como no tempo de menino
Sem serras na mata, sem sinos de ouro
A mamata era farta na mãe natureza, pois havia dos rios a potável pureza azul de anil
Que banhava as vergonhas e matava a sede do gigante chamado Brasil