Quem sabe um dia o Brasil seja justo

Que saudade da minha terra

Onde cantava o sabiá

Onde havia palmeira

Prosa e verso

Alegria em todo lugar

Hoje só tem justiça politizada

Política justicializada

Um povo adverso

Avesso e retrocedendo

Nos costumes, nos hábitos

Na ordem e até na lei

A pobreza o desemprego

A violência campeando

Por aqui e por lá

As crianças saem da escola

Continuam pulando, correndo

Mas é de balas que explodem em suas cabeças

Muitas morrem brutalmente assassinadas

Que malfadada terra

Miséria, penúria, ignorância

Concentração de renda

Truculência, barbaridades, ferocidades

Primitivismo intelectual

Maquiavelismo selvagem

As mulheres estão sendo violadas

Sem voz e sem vez

Caem como moscas sem vidas

Pelo chão

Um morto ali na esquina, outro no beco

No mato, no riacho, no campo

Que se extingui,

Pois não há proteção ambiental

Não para, deslizamentos de terras

Estouro de barragens,

Tiroteios aos milhões

Meu país era verde e amarelo

Permanece amarelo com a perda do sangue de seus filhos

Verde irado por tanta ignomia, degradação

...Desigualdade; vou parar de falar.

A palmeira esta extinta

A prosa e o verso não vão rimar

E o sabiá não voltara cantar

Nas madrugadas e nem tão cedo

Se é que por aqui ficou, sei lá !

Luiz Carlos Zanardo
Enviado por Luiz Carlos Zanardo em 20/06/2019
Código do texto: T6677616
Classificação de conteúdo: seguro