Vale
A Vale
outrora do Rio Doce
era nossa.
Hoje só vale
promessa nos comerciais.
Vale,
vala comum
de lucros colossais.
Vale,
vela volátil
valha-me Deus,
muitas velas para poucos uns
breu e bruma para muitos alguns.
Vale,
verso versátil...
não vale a pena verso
para vale adverso
valeria se vale fosse
do Rio Doce.
Fosse nossa
não seria vale de lágrimas.
Vale cada vez mais
verde covarde
amarelo sangue_
suga os recursos naturais.
Poema premonitório escrito em 2010, que ora republico.
Do livro Palavras de Amor - 2011