A rua é do povo

O muro construído

Não me deixou pular.

Meu mundo tá sofrido,

Não tenho onde trabalhar.

Meu sonho tá perdido.

A esperança no labirinto...

Tá tudo destruído,

Meu estômago faminto.

Eu tô despejado, assim.

O bicho vai pegar!

Desocupei, é o fim...

Não tenho onde morar.

Eu tô ficando louco!

Sem emprego, sem escola e sem saúde...

Quero futuro... quero estudo!

Não arma de fogo.

Eu vou gritar de novo,

Nem que tenha que apanhar...

Eu vou protestar!

A rua é do povo.