Gotas de choro

Há brumas sobre lamas profundas

Que cobrem borras humanas

E outros campos de brandura

Estão prestes a receber um mar

No lugar dos montes verdes

Há um vale de dinheiro

Que compra o mineiro

A matar sua identidade

A mais valia é a ferramenta da burguesia

Que trouxe a Vale ao vale

A explorar o rio doce e suas margens,

Onde habitam a hospitalidade

É o capital homicida a invadir a mata

A violar os direitos do homem

Que antes cantara:

“Minha Terra tem Pindaíba...”

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 21/05/2019
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