Gotas de choro
Há brumas sobre lamas profundas
Que cobrem borras humanas
E outros campos de brandura
Estão prestes a receber um mar
No lugar dos montes verdes
Há um vale de dinheiro
Que compra o mineiro
A matar sua identidade
A mais valia é a ferramenta da burguesia
Que trouxe a Vale ao vale
A explorar o rio doce e suas margens,
Onde habitam a hospitalidade
É o capital homicida a invadir a mata
A violar os direitos do homem
Que antes cantara:
“Minha Terra tem Pindaíba...”