O “se” no auge; o “si” no apogeu

Se uma semente fosse plantada

e com amor cultivada

e os frutos distribuídos

para vizinhos e entes queridos;

Como haveriam estranhos?

Como haveria carência?

Se os olhares fossem trocados

com sincero gesto e afago,

E os cumprimentos fossem dados

com franqueza e amparo;

Como haveriam solitários?

Como haveriam mal-amados?

Se os “lideres” cuidassem

do povo

Como os pastores cuidam

das ovelhas,

e as promessas fossem reais,

alheias ao sentimento materno;

Como haveriam mendigos?

Como haveria inanição?

Até quando escreveremos o “se”?

Até quando viveremos pra “si”?

Até quando será normal ver

criança passando fome?

Até quando será banal ver

jovens fora da escola...

cheirando cola?

Eder Carneiro Cardoso e Silva
Enviado por Eder Carneiro Cardoso e Silva em 02/11/2005
Código do texto: T66508