LAMENTOS
Abro os olhos para a consciência
As inconsequências me entorpecem
Lágrimas derramo nesse chão ardente
Meu ar sorridente, esquece!
Sou árvore sem fruto, olhos sem lágrimas
Até minhas lágrimas roubaram de mim
Foram tantas mentiras que me contaram
Que até me acostumei com as inverdades
Meu peito sangra, clama por liberdade
Mas meus pensamentos não existem mais
Sucumbiram em meio a tantas palavras
Tantas cláusulas, tantos devaneios
Discursos bonitos outros reticentes
Eu crente que havia em mim liberdade,
Mas fui tolhido em minha tolice
Nesse país, terra de Alice,
Onde tudo é berros, risos e falsidades.
Onde eu posso gritar minha angústias?
Ainda posso dizer o que sinto?
Ou minto também para sobreviver?
Posso eu ainda escrever?
Posso eu implorar liberdade?
Posso ainda usar minha pena?
E chorar em forma de poema?
Sinto a pele queimada a fogo e ferro,
Mas meu berro ninguém vai ouvir
Sou apenas um parafuso na máquina
Onde há tantos para me substituir.
Me disseram que eu era importante
Não é isso que eu posso ver
Quando nem pelos meus sou notado
O que foi que eu fiz de errado
Vejo a corda esticada na árvore
Um banquinho e eu seguindo covarde
Como um boi que caminha para morte.
Que maldita foi a minha sorte!
Ter um novo mundo desnudado
Pois só vi sofrimento aumentado
Quando outras verdades descobri
Por que foi que aqui vim parar
Descobrir quanto eu sou destratado
Antes nunca tivesse estudado
Preso ali em minha inconsciência
Não teria visto tanta incoerência
Em ser visto como um professor
E tratado com tanto horror
Sufocado por quem está no poder.
JOEL MARINHO
Abro os olhos para a consciência
As inconsequências me entorpecem
Lágrimas derramo nesse chão ardente
Meu ar sorridente, esquece!
Sou árvore sem fruto, olhos sem lágrimas
Até minhas lágrimas roubaram de mim
Foram tantas mentiras que me contaram
Que até me acostumei com as inverdades
Meu peito sangra, clama por liberdade
Mas meus pensamentos não existem mais
Sucumbiram em meio a tantas palavras
Tantas cláusulas, tantos devaneios
Discursos bonitos outros reticentes
Eu crente que havia em mim liberdade,
Mas fui tolhido em minha tolice
Nesse país, terra de Alice,
Onde tudo é berros, risos e falsidades.
Onde eu posso gritar minha angústias?
Ainda posso dizer o que sinto?
Ou minto também para sobreviver?
Posso eu ainda escrever?
Posso eu implorar liberdade?
Posso ainda usar minha pena?
E chorar em forma de poema?
Sinto a pele queimada a fogo e ferro,
Mas meu berro ninguém vai ouvir
Sou apenas um parafuso na máquina
Onde há tantos para me substituir.
Me disseram que eu era importante
Não é isso que eu posso ver
Quando nem pelos meus sou notado
O que foi que eu fiz de errado
Vejo a corda esticada na árvore
Um banquinho e eu seguindo covarde
Como um boi que caminha para morte.
Que maldita foi a minha sorte!
Ter um novo mundo desnudado
Pois só vi sofrimento aumentado
Quando outras verdades descobri
Por que foi que aqui vim parar
Descobrir quanto eu sou destratado
Antes nunca tivesse estudado
Preso ali em minha inconsciência
Não teria visto tanta incoerência
Em ser visto como um professor
E tratado com tanto horror
Sufocado por quem está no poder.
JOEL MARINHO