Ode à esperança

Por hora

mancha densa e monstruosa,

breu do templo social,

avança como a devorar sóis.

Notícias do mundo fora de mim

torturam-me a alma,

e ainda canto

como a atrair pássaros

para orientação nos voos

e ainda escrevo

como a traçar a vida

no fio do poema

e ainda sonho,

como a plantar estrelas

no céu de escuridões.

Semeio liberdade

nos solos de minhas intenções,

ainda que a esperança

em exílio, pereça

num definhar e resistir constantes.

SOU

ESTOU

e PERMANEÇO em meu texto,

pretexto para renovação.

Para Thiago de Mello, ser-poeta de inspiração à crença no amanhã.