ABRIGO
Vagando pelas ruas insisto em viver,
Passos mórbidos me guiam.
Apenas mais um entre tantos,
Que como eu infrator
De uma sociedade inóspita
Em que nada me alimenta.
Um indigente sem lar , sem destino.
É um dia eu errei!
O que fazer para consertar já não sei.
Para os olhos do mundo sou invisível,
Meu corpo vagueia sem rumo
Entre murmúrios ao vento
Já nem sei o que é sentimento.
Só em devaneios me lembro
De um dia ser humano aqui,
Tudo me parece vazio
E a paz que tanto preciso?
Quem sabe um dia encontrarei meu abrigo.